1 de out. de 2007

Talvez não exista




Nas últimas semanas passou por desafios. Não, melhor: provações. Teve que provar que agüenta o tranco. Pôde, finalmente, chegar e dizer que esteve no fundo do poço. Que viveu a dor mais aguda, e que ninguém o entenderá. Entendem sim. Mas, enquanto esteve por baixo, quis, e custou para isso, acreditar que ninguém o entendia. Mas, tudo bem...Ao menos ele viu que o mundo está dentro dele, e ele, dentro do mundo. Sentiu-se, após retornar de baixo, um frio; porque viu que estava em cima e porque, na posição em que se encontrava, de total liberdade, viu que estava livre, inclusive, do conforto e da segurança que a dor dava a ele. Sim, pois quando se está no fundo do poço, ao menos se está escondido e protegido; quando subimos, expomo-nos a tudo e a todos. Engraçado. São preocupações tão comuns que o deixaram daquele jeito. Que andando, voltando de um passeio, leu numa parede: “AQUI É MELHOR DO QUE VOCÊ”. Então, caminhou até o muro onde estava escrita esta frase. Sentou-se. E, achando que finalmente estava em outro lugar, sentiu-se melhor. Acreditava que não estava mais em si. São aparências, claro, mas estava bem, pois estava em outro lugar.


foto: Bruno de Pierro

4 comentários:

Bruno de Pierro disse...

ps: as repetições do verbo "estava", no final do texto, são propositáis e o fiz pq quis, caso algum "Pasquale" já tenha pensado em se manifestar...

abç!

¬¬

Anônimo disse...

Oi?

Um texto de uma pessoa muito desinfeliz em algum momento de sua vida.

E tenho dito.

Anônimo disse...

u mininu isssscrevi u qui bem intenderrrrr, cerrrtu?

awaaaaaaaaaay

Anônimo disse...

Cara, adorei a foto.