30 de jul. de 2010

Parabéns para você

Recebemos há pouco a foto abaixo de um de nossos correspondentes em algum lugar do casa do caralho. Junto com ela, uma mensagem toda truncada, mas que eu consegui chegar à conclusão de que essa seria o último registro fotográfico antes do nosso correspondente, editor-chefe, corintiano e aniversariante do dia antes de ser preso pela Scotland Yard.
Ao que parece, a Metropolitan Police já encomendou um bolinho e a festa vai rolar por volta das 10h da noite, no horário local, no 26º DP de Londres.

Pensamos em acionar a Embaixada Brasileira e o Itamaraty, mas a foto só chegou depois das seis e hoje é sexta, né. Deixa pra segunda.


Max em um genuíno momento "meu, vamo zuá os meganha". O clique fotogênico é de nosso Mineiro da Silva, que já esteve em lugares estranhos e longínquos como a Bósnia, Ruanda e o Cervejazul

20 de jul. de 2010

Lula e o show de calouros

Procurando por antigas entrevistas de Lula à imprensa, me deparei com uma participação dele no programa do apresentador e andróide Silvio Santos, em 1989.
O mais interessante, além de ver que as idéias de Lula, hoje, estão coerentes com as da época, é dar uma checada na bancada de entrevistadores - Wagner Montes, Flor, Condessa Giovanna (a Mama Brusqueta de hoje), Décio Pitinini, as aposentadas da platéia e, como não poderia faltar num programa de calouros dos anos 1980, Pedro de Lara. Bons vídeos para começarmos as campanhas eleitorais.

Confiram a parte 1:



E a parte 2:

13 de jul. de 2010

Improvável identificação

(ou Depoimento no Dia Internacional do Rock)

Todo mundo tem uma história de como começou a gostar de sua banda preferida e o que a levou a esse status. A primeira música que ouvi do Alice In Chains não foi Man In The Box. Mas It Ain’t Like That, em uma participação especial de Jerry Cantrell em um show do Nickelback. Uma década atrasada, é verdade. Mas foi a primeira banda que gostei por conta própria, sem ser dica de ninguém.

Fiquei absolutamente encantada com o guitarrista e, ao procurar informações, uma notícia triste: o vocalista Layne Staley havia falecido um ou dois anos antes e a banda estava parada.

Mas como nada disso nunca impediu nenhum roqueiro, dias depois estava na Galeria do Rock para comprar todos os CDs lançados até então: Facelift, SAP, Dirt, Jar Of Flies, Alice In Chains e Unplugged. O vendedor me contou que existiam projetos paralelos, mas decidi levar só aqueles, para ver se eu realmente gostava.

Comecei a curtir o som que tinha em mãos e que me deixava cada vez mais impressionada. A guitarra de Cantrell era a coisa mais bonita que já havia escutado e parecia que falava comigo. É até difícil explicar o que sinto ao ouvi-la. As músicas variam do country ao heavy metal e as letras são obscuras, mas de uma sensibilidade sem comparação.

Mais tarde, adquiri dois DVDs, o acústico e uma compilação de videoclipes. Minha admiração crescia tanto, que costumava assistir com a guitarra na mão, dublando tudo que o guitarrista fazia. Cheguei a pegar seu jeito enquanto aprendia a tocar as músicas. Ele se tornou minha maior influência.

Semanas depois, voltei à Galeria e comprei os solos de Cantrell: Boggey Depot e Degradation Trip, um álbum duplo, importado e caríssimo. O músico consegue ser cínico e forte em um momento e, logo em seguida, poético, com delicadeza na voz, de uma forma que só ele faz.

Ninguém poderia medir minha alegria ao ver a banda de volta em um show beneficente para as vítimas do tsunami. E, em 2009, saiu o tão esperado álbum novo, Black Gives Way To Blue, com William DuVall nos vocais. Ele não é Staley, mas chega perto: duas belas vozes, daquelas que não cansam nunca. Uma raridade. Eu poderia ouvi-los cantar o dia inteirinho.

Este novo CD volta às origens da banda, com um rock pesado e riffs impactantes, mas conta também com músicas que desaceleram e emocionam. A faixa-título é uma homenagem a Staley e conta com a participação de Elton John no piano, o que é uma coincidência maravilhosa. Foi dele o primeiro show de Staley e um dos primeiros CDs de Cantrell. Surpreendente obra prima, do começo ao fim.

É praticamente impossível para uma fã como eu destacar apenas algumas músicas entre tantas. Até porque, adoro todas, sem exceção. E seria fácil demais falar sem parar sobre a banda. Sei demais sobre todos os integrantes. Como sei que ouvir música é melhor do que ler sobre, fica aqui o incentivo para quem se identificar com a história.

DC recomenda que todos tenham uma banda preferida. E convida os roqueiros de plantão a também darem seus depoimentos sobre o dia de hoje.

12 de jul. de 2010

Gracias, España


Gracias, España. Gracias por vencer e dar um pouco de graça ao Mundial.
Em abril eu fiz um post com as previsões para a Copa ("Mundial é tudo igual", http://blogandroceu.blogspot.com/2010/04/mundial-e-tudo-igual.html). E fico feliz de ter errado quase tudo. Afinal, depois de 2006, quando tudo foi chato e previsível, 2010 trouxe algumas novidades, apesar da baixa média de gols.

PREVISÕES ERRADAS

- o vencedor será Brasil, Argentina, Itália ou Alemanha.
É primeira vez que temos uma final sem nenhum desses times
- Quem vai pipocar?
Espanha, México, Holanda, Portugal e Inglaterra.
O erro mais maravilhoso. Espanha e Holanda fizeram uma final inédita e histórica.
-
A Costa do Marfim será o representante do continente que irá mais longe: quartas de final.
Os africanos decepcionaram em casa. Mas se trocarmos a Costa do Marfim por Gana, até que esse chute não foi tão errado.
- O Uruguai irá brigar bastante, mas não passará da fase grupos.
Outro erro maravilhoso. O Uruguai superou Brasil e Argentina...

PREVISÕES CORRETAS

- Inglaterra
pipocou, França fracassou sem Zidane, a anfitriã África do Sul não passou da primeira fase, a Coreia do Norte ficou em último lugar, e o artilheiro da Copa fez 5 gols (no caso, os artilheiros).

Gracias, España. Gracias, polvo Paul.

GRACIAS, LARISSA RIQUELME!!!

8 de jul. de 2010

A Copa do Mundo da solidariedade

Pouca gente sabe, mas a Fifa não e responsável apenas pela organização do mundial futebol. Entre seus propósitos, a manda chuva do futebol mundial tem como objetivo ajudar as pessoas através do esporte. E enquanto o mundo devera parar para assistir a disputa do terceiro lugar entre Uruguai e Alemanha, no sábado, centenas de pessoas não viam o embate entre o tricampeão europeu e o bicampeão sul-americano, mas sim a final da segunda edição do Hope Festival em Joanesburgo.
O torneio segue uma formula simples: cada pais manda um representante (normalmente uma ONG que já trabalha com a relação futebol/cidadania) depois de uma eliminatória nacional. Após isso, os 32 times são organizados em grupos e jogam entre si. Os dois melhores se classificam para a fase final e a partir dai e o tradicional playoff. Para conhecer mais sobre o torneio, veja aqui.
O Brasil esta representado pela EPROCAD. Para quem não e iniciado no terceiro setor, a EPROCAD e uma ONG no norte do pais que lutando contra a fome, pela igualdade entre sexos e diminuir a mortalidade infantil. O futebol, no caso, e a ferramenta utilizada para ensinar os jovens a trabalhar melhor em equipe por um bem maior.
O caso, porem, que chamou mais a atenção desse aprendiz de jornaleiro e o time Israelense/Palestino. O "The Peace Team", como e chamado, e o produto do projeto "Twinned Peace Football Schools" feito pela ONG palestina Al Quds Association for Democracy e o centro israelense The Peres Center for Peace.
Nessa parceria, o futebol e utilizado como pontapé inicial para uma serie de atividades visando uma educação para se formarem ativistas capazes de trazer a paz para a região. Para quem e ligado ao circuito undergraund esse projeto e mostrado rapidamente no documentário Promessas de um Novo Mundo. Enfim vale a pena entrar aqui e conhecer os outros projetos. Tem ate um time com um projeto semelhante na Bósnia liderado por uma ONG da Suécia!

7 de jul. de 2010

Boas Novas, irmãos


Essa eu simplesmente não podia deixar passar: o Meia Hora, jornal popularzão carioca que já foi assunto no Androceu aqui, vai abrir uma sucursal em terras paulistas. Vi no Boteco Sujo, entrem lá para informações mais detalhadas.


Sinto que esse é um sinal de que finalmente vou arranjar um emprego.


5 de jul. de 2010

Graças a Deus nos livramos dessas babaquices


A eliminação da seleção trouxe alguns pontos positivos. Há males que vem para o bem, diriam alguns colunistas, e pelo menos a gente se livra dessa coisa chamada dunguismo. Tentamos fazer um futebol só de resultados e perdemos, quem sabe voltamos a jogar bola como sempre, diriam outros. Tem alguns outros efeitos colaterais da eliminação que julgo que são até mais importantes que a coisa futebolística em si. Eis as babaquices que a gente se vê livre depois do fracasso em terras sulafricanas:

1) Histeria coletiva no trânsito

Você junta o fato de morar numa cidade movida à gasolina e etanol, em um país que gosta demasiadamente de futebol, com jogos no meio do horário do expediente, e tá dá: está pronta a cagada. Não só pela quantidade absurda de carros na rua, mas também pela maneira absolutamente idiota com que TODO MUNDO parecia estar dirigindo. Fico surpreso como, nesses jogos das 15h30, não tenha acontecido nenhuma carnificina automotiva de proporções bíblicas, do tipo tombamento de caminhão-tanque com conseqüente engavatamento de 300 veículos e outros 150 ônibus com conseguinte queda de avião. Nessas horas dá até para achar que, de fato, Deus é brasileiro - e talvez, até mesmo paulistano.

2) Patriotismo sazonal

Depois da derrota, alguém publicou no facebook: "Adeus patriotismo sazonal!". Achei genial. Ainda mais porque eu próprio sofri na pele por não aderir fervorosamente à "torcida pelo nosso país". No domingo do jogo contra a Costa da Marfim, enquanto minha namorada pintava o rosto de verde-e-amarelo, eu estava numa ressaca braba e sem muito saco pra coisa alguma. Ela, inconformada com meu desânimo de origem hepática, disse: "você é o patriota mais sem graça que eu conheço", nhé nhé nhé. Fiquei meio chateado. Depois, saí com ela na última sexta, e, percebendo que ela xingava os carros com bandeirinhas falando coisas como "tira esse troço, seu tonto" e "esse time de perdedores nhé nhé nhé", emendei: "você é a patriota mais fajuta que eu conheço". Tive minha vingança.
No meio dos jogos eu acabei percebendo que esse tal de "patriotismo" emanava muito mais das fileiras femininas do que das masculinas. Acabei bolando minha própria teoria de boteco para isso: elas não têm o serviço militar obrigatório. É bem divertido ser patriota pintando o rosto e gritando "Braziuu" quando não se tem nenhuma ameaça de saber o que significa a palavra patriotismo na prática e no seu sentido mais puro.

Eu sei bem que, justamente por ser sazonal, essa babaquice vai voltar daqui a quatro anos, e pior do que nunca. Até lá, talvez eu faça como o Belchior e fuja por um mês para o Uruguai, mas ainda não sei.

3) A cara de gripado do Kaká

O Kaká já é um cara meio chato por causa de todo aquela pregação religiosa dele. Vamos deixar claro que não sou contra a religião dele (inclusive tenho um amigo da Renascer), mas sim à sua pregação. O Dentinho, por exemplo, é budista, mas você não vê ele andando por aí com uma camiseta escrito 'I belong to Buda'. Mas isso aí são outros quinhentos.
Reparei a primeira vez na cara de doentinho do camisa 10 naquele comercial da Gillete - aliás, outro jequeira que nos vemos livres. Cara de cansado, nariz vermelho, boca sempre aberta. A partir daí, não conseguia ver ele de outro jeito, e o pior, ele sempre estava com aquela cara! Boca aberta, nariz vermelho. É bem chato ver um jogador da importância dele com cara de quem deveria estar na cama ao invés de jogando bola.

Isso é outra coisa que não acaba com a eliminação, talvez só quando Kaká resolver encerrar a carreira - ou começar a tomar vitamina C de manhã.

4) Comerciais (muito) babacas da Brahma

É normal, em época de Copa, que as empresas se aproveitem do evento e façam propagandas temáticas. Mas a Brahma conseguiu superar todas elas em nível de babaquice.
Primeiro foi aquele do sujeito, no meio de uma arquibancada, gritando e soltando perdigotos de algo initelígivel que supostamente era "VAMO LÁ GUERRÊRÔÔ!!!111onze". Esse papo de guerreiro já era bem babaca por si só, e não colava. Virou uma expressão da moda na publicidade, principalmente com futebol, como aquele bordão do atitude. "Toddy, o achocolatado que tem ATITUDE", etc. Enfim, a coisa do guerreiro foi usado também na apresentação da camisa III do Corinthians - São Jorge, guerreiro, etc - e também de algumas seleções, como o México. E a Rússia. A RÚSSIA.
Quando os russos reinvidicaram o rótulo para si, ninguém mais ficou com moral de dizer que era guerreiro. "Mas esses caras são muito ruins de bola! Nem foram para Copa esse ano!", dirá algum pacheco. E quantos ditadores megalomaníacos nós derrotamos mesmo? Ah, tá.
Depois, veio aquele reclame esquizofrênico, em que aparecia os guerreiros treinando loucamente, depois cortava para um sambinha; alguém berrando e eles correndo feito cavalos, corta prum samba com Brahma; o suor escorrendo, corta pro batuque. No final, a sentença: Quando a alegria encontra com a vontade (ou raça, sei lá), não tem para ninguém. Mal aí, mas não vi nem uma coisa nem outra nesses últimos jogos.
Tinha também a do Dunga ("falo pouco, mas falo como guerreiro" - que tal não falar merda alguma?) e a do "a camisa pesa, a bola pesa, peido pesa". E a derradeira, e campeã, que eles tentavam dar uma zuada com, imagino eu, os alemães - quem mais seria, com aquele uniforme?
Me aparece o Luís Fabiano, entregando a flâmula pro adversário (coisa que é tarefa de capitão, e quem seria idiota de colocar o Luís Fabiano de capitão?) e daí alguém fala: "Pode me encarar. Você vai ver que somos 190 milhões...." E DAÍ que somos 190 milhões? Se tamanho de população contasse, a Índia e a China seriam campeões em tudo. Depois, continua "o drible que desconcerta, a dividida", etc. Ficou faltando "o gol de mão, o pisão quando você já tá caído". E o suposto alemão fica com cara de assustadinho.
Não bastasse sermos eliminados e a Alemanha ter boas chances de ser tetra, era só o alemãozinho dizer: "Herr Fabiano, enquanto você é brahmeiro, eu tô aqui tomando minha cervejinha alemã". Quá.


Thank you, Wesley Sneijder.

2 de jul. de 2010

COMBO

FELIPE MELO´S COMBO: UM PASSE PARA O GOL+ UM GOL CONTRA+ UM ERRO DE MARCAÇÃO NO SEGUNDO GOL HOLANDÊS+ UMA AGRESSÃO+ UMA EXPULSÃO= FATALITY.