12 de mar. de 2010

O retorno do Rei do anti-esporte


Schumacher volta para o delírio de pelo menos um androceutico. E raiva dos demais.

O cenário é o GP do Brasil de 2006. Rubens Barrichello fechava um dos piores anos em seus quase 20 anos de F-1, mas foi o responsável pela melhor frase sobre a principal personagem do final da semana. E não estou falando de Felipe Massa que terminaria o domingo consagrado como primeiro piloto brasileiro desde Senna a vencer no Brasil: “Schumacher não fará falta à F-1”.
Corte de três anos. Nesse meio tempo o Circo viu um finlandês beberrão e dois ingleses, sendo um deles o Button (!!!) levantaram o caneco de melhor piloto da temporada. Enquanto isso Shummy, como Michael Schumacher é chamado por sua enorme legião de fãs, descansou, dirigiu um táxi a 120 quilômetros por hora na Alemanha para não perder um avião, tentou dirigir profissionalmente uma motocicleta e visitou o paddock da Ferrari em algumas corridas, mas parecia que algo faltava em sua vida.
E na inter-temporada 2009-2010, o mundo da F-1 foi abalado um terremoto sem antecedentes: Michael Schumacher, o maior campeão da categoria com sete canecos, estava de volta.
A partir desse momento os fanáticos pelo esporte entraram em contagem regressiva. Contagem que acabou na manhã dessa sexta-feira quando às 4h08 da manhã (horário de Brasília), quando uma flecha prateada com capacete vermelho acelerou e incendiou o público que compareceu ao GP do Bahrein. O rei estava de volta.
Contudo, na opinião de merda deste eterno aprendiz de repórter, não estava de volta o piloto com 1369 pontos que esteve presente em 154 pódios e único piloto em toda história da F-1 a ir para o pódio em todas as corridas de uma temporada (2002). Quem voltou, de fato, foi o Rei do anti-esporte na F-1 e para provar isso, segue abaixo algumas “historinhas” do Shummy durante sua primeira passagem na F-1.

A primeira delas aconteceu no saudoso ano de 1994, quando ainda dirigia pela Benetton. Shummy liderava o campeonato por um ponto e para não ter dúvidas que levaria o título para casa, fez a seguinte coisa:


Três anos depois, ele tentou fazer a mesma coisa. Porém, Villeneuve, a vítima da vez, foi mais esperto, conseguiu driblar o alemão e conquistou seu único título na categoria.

Em 2006, Shummy literalmente parou no meio da pista após garantir a pole-position do GP de Mônaco, pois ouviu no rádio que Fernando Alonso vinha mais rápido e poderia atrapalhar seus planos na corrida. Contudo, a direção da prova descobriu o logro e colocou Shummy na última fila. Acabaria chegando na quinta posição.

E para finalizar com chave de ouro, ou de merda, o famoso caso do GP da Áustria de 2002, quando Michael ultrapassou Rubinho nos últimos metros causado inúmeras vaias em todo o circuito de A1-Ring, localizado em Spielberg. Contudo, nada melhor que o filósofo do Jornalismo Esportivo brasileiro para narrar à cena.

3 comentários:

Carlitos disse...

Belas palavras. Recordar é viver e que ninguém se esqueça que o schumacher é um canalha. sem contar que você não comentou que no pódio de Ímola 94, corrida que o Senna morreu, todo mundo estava arrasado pois já sabia que ele tinha morrido quando a corrida acabou e ele foi o único que riu (não sorriu não, riu mesmo) no pódio.

PS: vi primeiro a foto do Schumacher e achei que o Thom tinha voltado a postar, mas quando vi o título percebi que jamais seria ele. hahaha

João Paulo Caldeira disse...

"HOJE NÃO, HOJE NÃO.... hoje sim?" AHAHAHHAAHAHHAHA!

Max, tenho quase certeza que esse é o gp da Áustria...

Max disse...

Minha falha Johnnie... é o GP da Áustria de 2002 mesmo... já já eu entro e arrumo o texto...