1 de set. de 2008

No meu mundo ideal, sou eu mais o mercado

A discussão recente sobre a metodologia do curso de Teoria do Jornalismo suscitou-me algumas indagações, questionamentos incômodos acerca da natureza futura de jornalismo, como ofício, tarefa e modus operandi.

Até então, minha posição era inamovível e estive convicto da possibilidade e real necessidade da criação de uma nova teoria, até para que o jornalismo mantivesse alguma função social.

Jornalismo, para mim, só existe na democracia, como instrumento de emancipação e num espaço subversivo. Sim, jornalismo para mim é subversão. Subversão de tudo o que for consenso.

Mas, a meu ver, o jornalismo está em xeque, sob o risco de falir. E nós não caminhamos para uma nova teoria, e sim para a conversão numa outra atividade, que não a da essência jornalística, que é a informação – ainda que se pese o conceito de informação.

Eis que sua conversão se dará para o marketing e ela será de forma sutil, cooptando os jornalistas para as indolentes e condenáveis de tarefas da publicidade nua e crua.

Onde o espaço de debate é sufocado, o marketing se impõe de maneira natural, modulada, modulável.

Desabafo ininteligível
Eu não sei, mas não sei mesmo, se não sei, o que sei, se expliquei, o que não, o que me incomodou, o que me deu medo, e que estou tentando escrever da forma mais tosca possível, sem pontos, crases, circunlóquios, só para revelar alguns medos, quiçá coorporativos, mas eu não sei fazer aforismos, e queria ser jornalista para valer, e não de marketing eleitoral, fantoche iluminada pelo nome especial estampado no microfone.

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