O reflexo no espelho eh de Cesar. Pertence a ele, mas nao eh ele. E o que a imagem denuncia eh aquilo mesmo o que se ve: um sujeito nao muito alto, extremamente magro, cabelos que jah foram longos, olhar que, mais tarde, vai continuar cancado.
Diz alguma coisa... que, tipo, o lixo nao deve ficar lah fora, jogado no chao. Com o cigarro que estah para terminar, acende um outro, como se de fato nao pudesse viviver um soh minuto sem a nicotina e aquela infinidade de outras quimicas que componhem o USA, o cigarro mais barato que ha por aqui.
Abre a porta, diz que nao estah tao frio. E depois nao diz mais nada.
Percebo que existe na casa algo pesado, algo que nos obriga a ficar o maximo de tempo que pudermos lah. Mas nao podemos. Estah perto da hora de ir, definitivamente. Apos um silencio tibetano, diz algo mais sobre nao deixar o lixo lah fora, jogado no chao. Entra, fecha a porta e ve se estah tudo ok.
A carona chega, e nao era uma carruagem. Nao era a limosine, nem o mustang. E que dirigia nao era a garota de nossos sonhos. Olho para ele e percebo que me diz algo, mas sem mencionar uma soh palavra. Entendo. Sim, por que criar espectativas?
Fechamos a porta, vivemos.
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