O ambiente esquentou com a renúncia da Raquel da coordenação do departamento de Jornalismo. Apoiada pela tradicional patota (Hamilton, Arbex, Mieli, etc) ela acusa a Reitoria (pra variar) e três professores do jornalismo de calúnia e traição.
Vamos aos fatos. Como ela chegou nesse cargo? Desde que entramos na PUC, em 2006, o coordenador era o Wladyr. Em uma eleição mal-divulgada e duvidosa no ano passado, o pessoal do C.A. resolveu tirar um professor pragmático e dedicado e eleger uma “verdadeira militante da causa de esquerda”.
O resultado foi o fiasco já esperado. Sempre ausente, Raquel colecionou erros na coordenação: aprovou uma aluna porque era sua amiga, tirou aulas da Nani sem avisá-la e quase nunca estava disponível para atender aos alunos que não fossem da turma do C.A.
Irritados com a situação, três dos melhores professores do curso (Wladyr, Cypriano e Nani) protestaram numa reunião do Departamento. Eles exerceram o legítimo e democrático direito de questionar um colega que faz um trabalho incompetente.
Pressionada, Raquel renunciou. E saiu atirando pra todos os lados. Citando os três que a criticaram, classificou todas as acusações como “caluniosas”. Hamilton saiu em defesa da companheira. Sem dizer nomes, afirmou que “todos os dias deparamos com professores funcionando como policiais, dedos duros, inquisidores, puxa-sacos ou simplesmente reprodutores ignorantes da ação pútrida do macartismo e do autoritarismo”.
Arbex foi mais ácido nas críticas. Defendeu os professores que “tiverem sangue bom correndo nas veias e o coração não contaminado pelos gases fétidos que emanam da latrina”. Chamou os críticos da Raquel de “delatores e alcaguetas”.
É engraçado notar que qualquer um que critica o trabalho de um professor da patota é tachado de reacionário, fascista, e simpatizante da Maura. E o mesmo vale para quem for contra as ocupações e greves do nosso “centro acadêmico”.
Para essas pessoas, tudo se resume numa luta do bem contra o mal. Ou estamos do lado deles ou contra. Esse pensamento é igual ao da política do Bush, pessoa que eles tanto abominam.
Pra variar, são os alunos que saem perdendo com esse racha no departamento. O clima não está nada agradável e não é possível prever o vai acontecer. O vice da Raquel é o Faro, que não deve assumir por causa do trabalho na Metodista. O novo coordenador ainda é um mistério.
Outra dúvida é a situação do Wladyr, do Cypriano e da Nani. Serão boicotados pela patota? Serão demitidos? Vão se demitir? Ou vai continuar tudo na mesma, com um clima horrível no departamento?
4 comentários:
Alan, estou de acordo com o que disse.
Esse maniqueísmo me enoja.
Já estou cheia de hipocrisia, de gente falando que odeia churrasco e organizando os melhores churrascos da região. Ou seja, criticando a política nada democrática de nosso país e boicotando eleições, fraudando votos, fazendo referendos e não colocando mais de um nome para escolhermos chefe e coordenador.
É sempre assim, não importa se quem é "do contra" fale a verdade, eles sempre serão oposição.
Só quero ter aulas boas, me formar uma ótima jornalista. Não quero perder os dois melhores professores desse semestre (Nani e Cypriano), isso porque tá difícil ter professor bom no jornalismo da Pontifícia.
Exijo justiça, responsabilidade e respeito acima de tudo.
E da-lhe Alan.
E se preparem, os próximos dias puquianos prometem ser quentes.
Ou como diz o cartaz na comfil: Se prepara, pois o incendio vai recomeçar.
androceu faz uma excelente cobertura sobre a renúncia da rachel. ponto positivo!
isso aí, senta a pica.
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