No dia 3 de setembro de 1989, um Boeing 737 da Varig (vôo 254) fazia a rota Marabá-Belém.
Era um vôo de rotina, pilotado pelo experiente comandante Cézar Garcez, com 15 anos no ramo.
Uma peculiar sucessão de erros resultou numa tragédia inesperada pelo mais pessimista dos passageiros. Quando falamos em acidentes de avião, temos sempre a idéia de alguma pane mecânica que fez a aeronave cair e matar todos a bordo.
O que ocorreu dessa vez foi que o vôo 254 não conseguiu chegar em Belém. Completamente perdido, ficou sobrevoando a floresta amazônica até seu combustível acabar. O piloto foi obrigado a fazer um pouso forçado. Resultado: das 54 pessoas do avião, 13 morreram e 41 ficaram feridas.
O erro do comandante Garcez foi na hora de digitar o destino do vôo no computador de bordo: ao invés de 027,0º, ele colocou 270º. O piloto (um caso raro que sobreviveu ao acidente) alegou que a Varig não o havia ensinado sobre essa possível variação.
Com os dois pilotos vivos e a caixa-preta intacta, a investigação tinha tudo para achar o culpado do acidente. Os dois responsáveis pelo vôo foram julgados e considerados culpados. Após diversas apelações, as penas foram convertidas em multas e trabalhos comunitários.
Abaixo temos a gravação da caixa-preta pouco antes do pouso forçado.
Um comentário:
Nunca mais vôo Varig.
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