31 de jan. de 2008

Passagem de ônibus sobe para 2,40 a partir do próximo dia 9


Você já está preparado para isso novamente?

Más notícias para os puquianos que tem o “Mercedão” ou o metrô como transportes para se locomover em São Paulo. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) anunciou ontem que a partir do dia 9, dois dias antes do início da temporada PUC-2008, que o preço das passagens dos trens e ônibus da região da Grande São Paulo passará a custar R$ 2,40, dez centavos a mais do que a taxa atual.
O Bilhete Único integrado passará de R$ 3,50 tradicionais para R$ 3,65.
Eu até não reclamaria do aumento da passagem de ônibus se houvesse um sistema público de transporte de qualidade, pois o atual me faz perder quase uma hora num percurso que eu faço em 10 minutos no carro.
O pior de tudo é saber que vai haver uma mínima mobilização popular, liderado por alguns estudantes-vadios, mas logo depois tudo irá se acalmar até o próximo aumento na passagem de ônibus/trem/metrô.

Cenas em um divã

Eu queria que tivesse sido diferente. Mas, sabe, todo mundo quer o diferente e sempre está em busca daquilo que possa lhe completar. No momento, não sou diferente de todo mundo. Por que a vida não pode mudar, e passar a se resumir num simples esquema “chave-fechadura”? Você tem um problema e, pronto!, lá vem a fechadura. Acaba tudo, pronto.

Ok. Minha mulher morreu.

Ela gostava de instalações. Não, não estou falando de fiação, “gatos” da TV a cabo... Falo de instalações de arte...Aquelas, então, em que há uma performance do artista... Ele é, ao mesmo tempo, criador e criatura, ativo, não-estático, vivo! Vivo! Vai acabar sua apresentação, vai se trocar no banheiro da galeria, vai pegar um ônibus e ir pra casa. Lá, não vai querer saber porra nenhuma de arte... Só de cuidar de seu gato chamado “Almodóvar”.
Ela também sabia fazer eu rir sem, para isso, precisar esta acordada. É que quando a via dormindo, percebia que sua testa franzia um pouco, assim como o nariz...Sei lá, achava engraçado! Ela acordava. E lá estava eu rindo. Hoje, acordei muito preocupado, não com os miados de um “Almodóvar”, nem com os gemidos dela... Vi que não tinha pago a conta de luz.

Ok, sei que sou novo.

Até posso encontrar outras coisas para me satisfazerem. Ontem, me matriculei num curso de cinema. Vou aprender a ver melhor os filmes do Woody Allen. Sempre pensei que cada um tinha que ver um filme como bem quisesse, prestar atenção no que quiser, interpretá-lo de acordo com o que sentiu... Mas, sei lá, não pega bem alguém como eu não saber o que há de tão cult assim no Woody Allen. Pra mim ele é um puta cara engraçado! Nunca vou me esquecer daquele cena em Love and Death, em que ele dá um salto, no papel de Boris Grushenko, em uma dança, e cai, pois seu joelho falhara... Minha mulher gostava mais dele em Noivo neurótico, Noiva nervosa. Também gosto desse filme, mas não mais agora. Pensando bem, gosto sim... A cena em que aparece Marshall McLuhan é demais!
Mas acho que esse curso vai ser bom. Quem sabe não faço mais amigos lá... Eu conheci a Ná num curso desses de férias... Acho que foi num sobre o existencialismo na obra de Simone de Beauvoir. Eu fui pro curso tendo lido apenas As Belas imagens. Aí falei que era sua obra-prima! Não sabia sobre Os Mandarins. A Nát se irritou, disse que nunca tinha conhecido um cara tão despreparado... refutei dizendo que estava lá justamente pra aprender, mas vi que seria melhor se disse que eu era um pouco dislexo e, assim, precisaria da ajuda dela. Se não fosse o existencialismo, hoje não seria viúvo!

Olha, não quero atrapalhar, viu? Se você tiver ocupado aí...Vai lá, depois a gente se fala!



_Não, não se preocupe. Sou seu analista, esqueceu?
_Ah é...É mesmo, né?

25 de jan. de 2008

Feliz aniversário Sampa!


Eu até queria fazer um texto falando sobre Sampa e tal. De como uma pequena vila pobre criada por padres acabou se transformando numa das maiores cidades do Mundo. Mas como o Carnaval tá chegando, nada mais justo do que separar o belo samba da Mocidade Alegre, campeã do ano passado, que fala exatamente sobre a bela cidade que Sampa é.

Para ouvir o samba entre aqui.


É festa amor... Sorria!

A Mocidade é pura emoção

E vem cantando radiante de alegria

São Paulo é tudo de bom!!!

Seja bem-vindo amor

A Sampa, linda Terra da Garoa

Terra futurista que o poeta vislumbrou

Com sua ousadia e inovação

Gigante que acolhe e transforma

Seu filho em um vencedor

Cidade que não pára

Na bravura traz seu valor

Palco da arte e cultura

Cenário do meu carnaval

São Paulo multicultural


O dia vai, a noite vem, eu vou

Sair, viver a boemia

Curtir em Sampa várias atrações

Me divertir até o raiar do dia


Sampa e seu cardápio mundial

Tem sabor especial...Vem ver

E na terra da gastronomia

Têm encanto e magia...Prazer

Lindo é sentir a liberdade

E ficar bem a vontade... Viver feliz

Diversidade, amigo, é natural

Preconceitos, afinal, não existem por aqui

É tempo de harmonia, respeito ao valor

Das tribos nessa festa multicor!!!

22 de jan. de 2008

O manual definitivo de etiqueta - A foto do Pedra


Como o meu caro colega João demonstrou em seu post abaixo, o senhor “Patrick” representa o que há de melhor no Pedra atual brasileiro.

Nossa equipe foi enviada aos cafundós no nordeste brasileiro para registrar o rosto do autentico homem brasileiro.

A foto segue abaixo. Se você possui coração fraco recomendamos que você pare a leitura nesse ponto.



Patrick saindo numa sexta-feira para beber e brigar. O que vier primeiro.



Mas nem tudo está perdido. Patrick acha que ainda há tempo de salvar o Brasil dos tangas e já conseguiu a adesão de todos os Homens que são Homens que restam no país para uma campanha de regeneração do macho brasileiro.
Os cinco membros só não têm se reunido muito seguidamente porque pode parecer coisa de veado.

O manual definitivo de etiqueta - exemplo prático

Aproveitando o gancho da aula teórica do nosso caro colega Mário, a seguir iremos demonstrar um exemplo de comportamento pedra na prática. Para isso, usaremos como base os artigos 10 e 14 do referido manual.
Como é sabido, os pedras adoram filmes ruins. Porém, neste mundo cada vez mais tanga, há consequentemente menos espaço para tal comportamento pedra. Somado à isso, temos o artigo 10, que versa sobre o gosto peculiar dos pedras em arranjar briga, o que nos leva ao seguinte exemplo(retirado de uma das comunidades "oficiais" do filme "Meu nome não é Johnny"):

Patrik

filme fraco assim como os outros filmes brasileiro

só sabem explorar a violênia e o trafico de drogas. porra! só apelação esses filmes brasileiros. confesso q durmi sala do cinema, só fui pq minha namorada insistiu à ir.
sem criatividade, uma historia real sem graça, acho q atéminha rendia um filme melhor q esse.


Infelizmente, a intolerância que toma conta do mundo pós-moderno faz com que a opinião de nosso pedra-exemplo não seja muito bem aceita:

F.

faz melhor ;)

Joe

ahhh cara vc q dar uma de bonsao qnd sua mae eh uma analfabeta q escreveu seu nome patrik kkkkkkkkkkkkkkkk...

Giovane

Eu sou o BOB ESPONJA

OI Patryk

Júlio Dogg

Só voce que dormiu, aposto que tua namorada te deixou lá sozinho e sentou ao lado de alguém mais interressante .
o Filme é ótimo valeu cada centavo do ingresso e do combo!

Cadu Maverick

NASCIDO ANTES DE 1970 DETECTED

Monique

Burrinho!

Talvez vc não tenha entendido o enredo do filme...Poe seu Tico e Teco pra funcionar....O Dó....Tadinho...

. Mαrceℓℓiиhα -

não sabe nem escrever!!

"filmes brasileiro"

ah fala sério!!

* Ni *

Simplismente o melhor filme brasileiro
q eu já vi ...



Tirando o habitual olfato pela briga, o pedra em questã poderia aumentar sua cultura pedrística e procurar filmes que agradem mais o seu paladar, como este:



filme nacional de qualidade é isso aí

19 de jan. de 2008

Purificação

E ESTÁ ESCRITO NO SAGRADO E-MAIL:
WALTER NUNCA MAIS
E DIGAMOS AMÉM!

Até que ponto a TV brasileira chegou.

Você acha que não existe alguém mais louco que o "batíman"? Que os mais dopados estão em algum C.A. da PUC-SP? Olha essa adorável garotinha, então!






Como diria um amigo meu: "bons problemas...."

500 toques

Bruno: Agora que é ano novo, posso escrever, finalmente, sobre o meu ano de 2007?
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Olha, se isso te deixar feliz, até pode. Mas não recomendo.
Bruno: Por que?
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Ah, cara...Se liga, bicho! Pra que ficar remoendo as coisas que já passaram?
Bruno: Não, não vou remoer nada. Vou escrever. Não moer...
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Ora, ora, ora...Temos um piadista aqui entre nós, então?
Bruno: Ah, cala a boca!
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Ei! Esqueceu que sou seu chefe!? Posso demitir você!
Bruno: É...e esqueceu que você mora no meu quarto? Posso despejar você!
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Ta, ta....Quer escrever, escreva! Mas se fosse você, passaria a se concentrar mais no que está por vir.
Bruno: E o que está por vir? O que o futuro me reserva?
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Muita grana, fama, mulheres...
Bruno: Sério?
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Não.
Bruno: ...
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Não chora, não! Sabe...Quando eu tinha a sua idade, garoto, queria também ficar refletindo sobre meus erros e acertos. Mas se eu não tivesse acordado a tempo, hoje eu seria um daqueles duendes “malacabados” que estão desempregados por aí...Que não servem nem para aparecer para os maconheiros mais vagabundos que se tem por aí, muito menos para serem manequim de anão de jardim...
Bruno: Quer dizer que tenho que sempre olhar para frente?
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Exato!
Bruno: Ah, não sei se vai dar...
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Por que???
Bruno: E se o que quero está atrás de mim? E se ela se sentar na cadeira de trás? E se alguém me chamar e eu tiver que olhar para trás?
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Aí você não responde! E segue sua vida!
Bruno: Vou tentar... Mas mesmo assim, quero escrever algo sobre 2007.
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Ok! Vá lá, escreva! Concedo a você uns 500 toques, apenas! HAHAHAHAHAHAHAHHAHAHA (risadas diabólicas e sarcásticas...)

500 toques para eu falar sobre 2007: “Bom, então, 2007 foi um ano, né? Um ano muito...muito...Como posso dizer? Estranho? Sim, estranho! Tipo, várias coisas aconteceram de novo. Umas boas, outras más...Mas não penso assim, ‘bom’ e ‘mau’. Não podemos classificar os acontecimentos desta maneira. Aprendemos e crescemos com qualquer coisa que nos aconteça. E...

Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Já se passaram de 300 toques, jornalista!

“Ok, ok! Bom, e, assim como qualquer momento da minha vida, encontrei pessoas que me marcaram mesmo, sabe? Mas meus amigos, aqueles que estudaram comigo desde a primeira série...nossa...esses são pra sempre! Mas uma pessoa também foi muito especial, nem sei o que dizer...

Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Certo, certo...chega, acabou!
Bruno: Mas faltou algo!
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Sinto muito, amigo! É melhor assim, acredite.
Bruno: É...melhor eu ir procurar minha psicóloga. A psicologia não tem essa frescura e essa palhaçada de toques!
Editor-chefe duende que mora debaixo da minha cama: Sim, pois vá, então! Mas lhe garanto uma coisa: esses 500 toques foram suficientes! Ouviu???

17 de jan. de 2008

Hay, Caramba!

Vejo que nos dias que se passaram, membros do adorado-salve-salve Androceu dedicaram uma fracao de suas vidas para contarem suas experiencias de viajem neste adorado sitio. Enquanto isso, eu me encontro a um mes e meio em uma cidade relativamente agitada, e, ate agora, ninguem sabe o que se passa na Terra da Rainha - de acordo com o meu ponto de vista.


Antes de tudo, um aviso: essa situacao nao ira mudar - pelo menos nao agora.


Mas algo eu tenho que compartilhar, e o momento eh agora: voces sabiam que o Arnold Schwarzenegger fala Sayonara, Baby ao inves de Haste la Vista, Baby, na versao espanhola (ou pelo menos aquela exibida na Espanha) do Exterminador do Futuro II?


Ai, mi puta madre... Que se passa?


Pois eh, eu tambem estou chocado.

Gustavo Silva vive um momento turistico e, no momento, se prepara para sua viagem a Amsterdam neste final de semana. Finalmente, o mundo ira descobrir o verdadeiro valor de um estudante de jornalismo da PUC.

13 de jan. de 2008

Primeiras impressões da Argentina

BUENOS AIRES- Minha sorte foi que a capital do país dos hermanos é bem perto de São Paulo. Apenas 2:30hs de um vôo bem calmo e chegamos em Ezeiza, o Cumbica argentino. Depois de um incômodo desencontro finalmente encontramos aqueles que nos esperavam.
A primeira surpresa que tive foi a geografia daqui: Buenos Aires fica numa região 100% plana, sem uma mísera ladeira. E o resultado disso é que ninguém usa freio de mão ao estacionar os carros. Um verdadeiro choque para quem enfrenta diariamente as subidas de Perdizes...
E ponto positivo para o Brasil: aqui não se tem o costume de usar cinto de segurança. E os motoqueiros não são muito chegados a usar capacete. Mesmo na importante rodovia que leva do Aeroporto Internacional até o centro, vi vários motoboys brincando com a sorte.
De resto, tudo normal. O queijo e a massa daqui tem um sabor especial, bem diferentes do brasileiro. Quando eu tiver alguma novidade ou uma foto interessante volto a escrever.

11 de jan. de 2008

Momento Gineceu

Aí vai um texto do autor favorito de dez entre dez de nuestras hermanas gineucêticas, Antônio Prata. Eu gosto bastante do jeito que o cara escreve e esse texto em particular tem um quê a ver com o post abaixo, de Mário el Borracho. Divirtam-se.

Conveniência

(publicada no Guia do Estado)

Olhai, oh Senhor, os jovens nos postos de gasolina. Apiedai-Vos dessas pobres criaturas, a desperdiçar as mais belas noites de suas juventudes sentadas no chão, tomando Smirnoff Ice, entre bombas de combustível e pães de queijo adormecidos. Ajudai-os, meu Pai: eles não sabem o que fazem.
São Paulo não tem praças, eu sei. As ruas são violentas, é verdade, mas nem tudo está perdido. Mostrai a esses cordeiros desgarrados a graça dos amassos atrás do trepa-trepa, o esconderijo ofegante na casa das máquinas do elevador, as infinitas possibilidades da locadora da esquina, a alegria simplória da Sessão Corujão.
Encaminhai-os para um boliche, que seja, mas afastai suas bochechas rosadas dos vapores corrosivos dos metanóis. Pois nem toda a melancolia de um playground, nem todo o tédio de um salão de festas ou, vá lá, a pindaíba do espaço público simbolizada pelo churrasco na laje justifica a eleição de um posto de gasolina como ponto de encontro. Tudo, menos essa oficina dentária de automóveis, taba de plástico e alumínio, neon e graxa, túmulo do samba e impossível novo quilombo de Zumbi. Que futuro pode ter um amor que brota sob a placa “troca de óleo, ducha grátis acima de 100 reais”?
Dai a essa apascentada juventude o germe da revolta. Incitai-os a atirar pedras ou pintar muros, a tomar porres de Cynar com Fanta Uva, tal qual formicida, por amores impossíveis, ajudai-os a ouvir músicas horríveis, usar roupas rasgadas, a maldizer pai e mãe, a formar bandas punk ou fazer serenatas de amor. Eles têm todo o direito de errar, de perder-se, de ser ridículos. Só não podem, meu Pai, com as camisas para dentro das calças, pomada no cabelo e barbas bem feitinhas, amarelar a lira de seus vinte anos sob o totem luminoso das petroquímicas.
Salvai-me do preconceito e da tentação, oh Pai, de dizer que no meu tempo tudo era lindo, maravilhoso. Passei muitas horas molhando a bunda num ringue de patinação no gelo, ou vagando a esmo por shopping centers, aguardando a luz no fim do túnel de minha adolescência. Talvez fosse a mesma coisa. Talvez exista alguma poesia em passar noite após noite sentado na soleira de uma loja de conveniência, em desfilar com a chave do banheiro e sua tabuinha, em gastar a mesada em chicletes e palha italiana. Explicai-me o mistério, numa visão, ou arrancai-os dali. É só o que Vos peço, humildemente, no ano que acaba de nascer. Obrigado, Senhor.

retirado de http://blogdoantonioprata.blogspot.com/

8 de jan. de 2008

Penélope Cruz protagoniza cena “caliente” em videoclipe do irmão

A atriz Penélope Cruz, ex-musa da semana, é uma das protagonistas de cenas lesboeróticas que podem ser vistas no videoclipe da música Cosas que contar, do seu irmão Eduardo Cruz.
Há várias cenas “quentes” no videoclipe, mas o destaque é o quase-beijo entre Penélope e Mônica, sua irmã. As duas dançam com roupas de banho, e tomam sol ao redor de uma piscina cheia de mulheres e dançam apenas com a roupa íntima.
"Essa música é muito especial, me lembra o dia em que ela foi criada em Madri", comentou Penélope, que aceitou participar do clipe para ajudar a ajudar a carreira do irmão.

Veja o clipe abaixo. A cena do quase-beijo fica em torno dos três minutos.

7 de jan. de 2008

Palpites para 2008



Na PUC...

->Aluno da PUC irá vomitar no busão
->Aluno irá vomitar no colchão de alguém durante alguma viagem
->Novos casais surgiram e namoros firmes acabarão
->Pessoas irão mudar para a noite por causa do estágio
->Alguém irá pegar DP

No futebol...

->Time contrata demais e passa 2008 em branco.
->Leão irá reclamar das arbitragens durante toda a temporada.
->Revelações serão vendidas para a Europa com preço recorde e um velho centroavante irá brilhar no certame Nacional.
->Dos quatro times que cairão no Brasileiro, 2 serão nordestinos e um do Sudeste e o último carioca.

Na F-1...

->Massa vai fazer uma temporada regular, irá ganhar o GP do Brasil, mas ficará com o vice que irá para as mãos de Lewis Hamilton.
->Piloto novato superara campeão mundial que terá que procurar uma nova casa em 2009.
->Rubinho não marcará nenhum ponto.
->Um mecânico será alvo da grande mídia.


E por fim... sociedades de modo geral

->Hollywood fará filme sobre conflito na África e irá causar comoção mundial
->Lula será traído por algum membro do PT e irá afirmar que não sabia de nada
->Atriz mundial será fotografada sem calcinha
->Brasil não ganhará o Oscar

No final do ano eu vejo o que eu acertei e errei. E você tem algum palpite para 2008?


O Campineiro é um povo muito culto

Só pra fechar a série de Campinas com 3 posts, dizem que dá sorte.
Alguém aí manja de peep show?


Enfim, a viagenzinha pra Campinas foi boa, mas eu já voltei pra boa(?) e velha São Paulo. E ninguém me recepcionou com heineken de 600.

5 de jan. de 2008

O Campineiro também é um povo azarado

CAMPINAS - Queridos amigos, amigas, companheiros, colegas de vista e parceiro sexuais, não ache ruim com San Pedrito se teu final de semana foi pro saco por causa do tempo. De certo modo, ele é justo; aqui em Campinas, assim como em São Paulo, fez calor a semana inteira pra chover(e chover pra caralho) justo no sábado. Deve ser algum tipo de conspiração, só pode.
Hoje fui numa feirinha meio hippie no Centro de Convivência, uma praça bem grande, com teatros, um deles a céu aberto, precisa só ver que coisa bonita e múderna. Parece que a população curte bastante essa feira, a frequência é alta e tem uma quantidade boa de barracas, que vão desde roupas hippongas até uma de "pastel assado"(um eufemismo pra fogazza, talvez a galera aqui não manje desse termo), passando por umas de antiguidades, com zippos e medalhas nazistas. Em uma dessas achei uma vitrola de 1920, uma coisa linda, o cara até colocou pra tocar um vinil, funciona que é uma beleza. Custava mil e quinhentos. Se pudesse, levava na hora.
Ontem saí com a galerinha do apê e acabamos caindo em talvez o único bar próximo aberto no horário, o spaghetti. A galera que frequenta tem uma cara meio ciências sociais, sabe como é. Uma mulher chegou no baca e disse que ele era a cara do irmão dela. Seus dois filhos hesitaram, mas confirmaram. Agora, ele tá trancado no quarto com ela faz um tempão. Esse spaghetti até que rendeu um bom molho.
Enquanto isso, tô tomando uma cerveja e vendo o jogo do Corinthians com o Ceilândia(essa copa São Paulo é uma maravilha pra aprender geografia brasileira). Ê vida boa.
Ia fazer uma piada com uma barraca que tinha uma promoção de 3 tangas por 10 reais, mas achei que seria muito Zé Simão.

Abraços e beijos pra suas irmãs e suas mães.

4 de jan. de 2008

Manhê, quero minha ilustrada de volta

CAMPINAS - Querido diário, hoje é um dia agradável nas paragens campineiras. Apesar do sol ainda forte, bate um ventinho que deixa a temperatura um pouco mais fresca. Mas não muito fresca, já que frescura é um negócio arriscado por essas bandas.
Bem, o tal do ventinho também é um belo de um filho da puta, já que o canalha resolveu levar embora a Ilustrada(justo ela) da varanda, bem quando eu não tava de olho. Fiquei puto, nem tinha lido o velhinho simpático do Cony e SÓ esse pedaço do jornal saiu voando, caiu em um prédio vizinho e ficou me olhando, tirando um sarro da minha cara. Puta que o pariu. Pelo menos eu já tinha lido o horóscopo.
Tô hospedado numa região bem bonita, cheia de pracinhas arborizadas, carros de classe média e moçinhas graciosas. O bairro chama Cambui, que, segundo fontes não-oficiais(meu primo) é o lugar mais caro da cidade. Uma espécie de Higienópoles, só que com menos mendigos.
Os nativos com quem mantive contato pra comprar cigarros avulsos ou coisa do gênero se mostraram todos muy amáveis, de uma simpatia bem espontânea e sincera. Apesar da crescente violência, com casos de estupro até mesmo no aristocrático Cambui, ninguém parece se abalar e perder a fé em um 2008 melhor para eu, você, e toda sua família.
A Higienópoles campineira é tão parecida com sua matriz que tem até um Pão de Açúcar(coisa rara de se achar na saudosa Z/L) forrado de produtinhos frescos e de ex-funcionários públicos com uma pensão gorda do governo. E, veja só, o futuro chegou em Campinas, e assim espero, em São Paulo também: achei uma porção de heinekens de 600 ml por aqui. Espero que, na meu retorno à cidade grande, eu tenha uma calorosa recepção com uma caixa delas, numa gélida estupidez.
Isso sim é um 2008 melhor.

3 de jan. de 2008

Dias passados

O dia ia morrendo lá longe. As estrelas, ainda tímidas, saíam aos pares da coxia celestial para dançar pelo palco do firmamento. A mesa, antes posta com tanto esmero, se assemelhava agora um campo de batalha com manchas de vinho e pedaços do cabrito espalhados por todos os cantos.

Peguei o meu copo de vinho tinto e procurei uma espreguiçadeira afastada do fogo. O céu estava bonito naquela noite de dezembro. O fogo crepitava alto e iluminava o rosto de todos. Um tio tocava modinhas na velha viola caipira, as crianças corriam ao redor das chamas e os cachorros que mastigavam os espólios da ceia enquanto as mulheres arrumavam a casa. Tudo como era antes. E como deveria ser.

Conversavam sobre causos da cidade e do campo. Um se lembrou das exibições clandestinas de filmes pornôs que uma varejista oferecia aos clientes em Itaoca. Já outro se recordou do caso do ladrão que abriu um cofre com os pés para não ser identificado pelas digitais em outra cidade do interior brasileiro.

Eu apenas ouvia de relance as histórias. Via as belas estrelas que dançavam e bebia meu copo de vinho gaúcho. E pensava Nela.

A viola foi silenciada por um rugido que vinha da casa pedindo ajuda para ligar o som. O dono da casa deu o último gole na taça de champagne e foi ajudar a mulher. O violeiro cedeu o instrumento para um dos amigos do dono. O som agora era um antigo e belo choro sobre as malocas da sinuosa São Paulo dos anos 30.

Uma das primas, que conseguira fugir da arrumação, puxou uma cadeira e perguntou o que eu estava pensando para estar tão calado. Respondi uma banalidade qualquer e ela puxou a cadeira para perto do fogo.

E a noite passou devagar. Entre sambas, choros, canções modernas e fígados destruídos, sobrevivemos todos.

O sol veio devagar. Iluminando tudo; revelando o que a noite teimava em esconder. O último acorde morreu com os gritos matinais do galeto. As estrelas, exaustas de tanto bailar, voltavam para a coxia celestial para uma boa noite de sono. E eu continuava a pensar Nela.

2 de jan. de 2008

Água e óleo.

Por que esquecer? Por que aquilo deve ser esquecido? Por que acabou o ano? A gente não precisa contar o tempo; se esperar pelo fim do ano nos trouxesse a recompensa de, no fim, esquecermos as coisas ruins que nos aconteceram durante aquele período, então sempre começaríamos o ano novo zerados, livres de qualquer sofrimento e dor. Mas, aqui do meu quarto, ouço alguém gritar lá da rua: “agora poderei ser feliz”. A angústia sumiu, naquela pessoa. E ela está agora voando pelo céu

Será que, neste momento, o inferno pessoal de cada um simplesmente deixou de existir?

Meu espaço é preenchido por um ar...E nele está dissolvida a fumaça da última queima de fogos. Cheira a fim de festa. Aqui no meu quarto, ligo a TV...Vejo a guerra. O espaço da guerra é preenchido por um ar...E nele está dissolvida a fumaça da última bomba que explodiu. Cheira a fim de vida. De um lado, pela janela, os corpos caem exaustos e vivos, precisando de descanso. Do outro lado, pela TV, os corpos caem feridos e mortos, precisando do descanso final.

Agora sei, apesar disso tudo – desse mal-estar que sinto – que Ela é, para mim, um tipo de deusa. Mas mesmo assim, devo colocar em minha cabeça que eu sou a água; ela, o óleo. Pagaria muito, muito mesmo, para que cientistas dessem um jeito de realizar essa mistura.

Porque sei que milagres não acontecem. Mas também aprendi que a ciência não pode tudo, muito menos pode me dar uma certeza...

O problema é que, aqui do meu quarto, as cinco e quinze da manhã, não tenho como sair decido ao encontro de meus desejos. Nada me sufocou tanto quanto eu mesmo; e assim fico mais tranqüilo, pois sei que eu sou o maior mal para mim mesmo...Ora, por que, então, ter medo dos outros? Não é assim: eu preciso me satisfazer e há alguém pronto para fazer isso? Estou vendo que não, mas é estranho: todo o mundo gostaria de estar gozando agora, explodindo de prazer e felicidade!; mas ao mesmo tempo, escondem-se de si mesmo e dos outros, confortam-se com o virtual mundo que envolve suas vidas. Não estou, na verdade, em meu quarto.

A vida, não sei o que é. Estou fora do meu quarto.