-Ah, é... E aquela viagem lá, ein?
Assunto sem graça, criado em cima da hora só pra disfarçar. Foi a estratégia da garota, quem nem era lá essas coisas, para entrar no começo de uma fila cujo final desestimulava qualquer procura. Mas não tava nem aí. O Timão já tinha ganhado o seu jogo, as estrelas estavam lá no céu como se fossem um veto divino à chuva, e o Hot Chip já estava no palco. “Bem vinda ao TIM Festival”. Devia ter falado isso, com um enorme sorriso sarcástico, só pra cutucar e me sentir ainda mais feliz.
Foram uns 20, 30 minutos na espera pra entrar na tal Arena Skol. A experiência era nova – não a de ir ao Estacionamento do Anhembi pra ver um show e muito menos o de esperar em fila, mas sim a de encarar as pessoas que estavam lá. Por maior que seja meu ecletismo musical, eventos desse naipe para mim quase sempre foram locais de um monte de gente cabeluda, vestida de preto e com cara de mal – ou de nerd frustrado -, geralmente feia pra diabo - o que nem chega a se configurar como ofensa, já que o coisa-ruim é ídolo de uma parcela não desprezível. Pois é, shows de rock são isso ai.
Mas ali, ah... O Fred e o Brição passaram o tempo montando seleções e seleções das melhores do mundo. Garotas insanamente belas, cheirosas, todas merecedoras da camisa 10 passavam a todo o momento buscando o fim da fila, mas fominhas à beça, nenhuma dava bola. Não que eu me preocupasse. Rapaz de família e comprometido que sou, fiquei pasmando e curtindo meu tédio – sim, o show do Hot Chip tava rolando e eu tava ouvindo tudo do lado de fora, mas isso não dizia nada. Acho que, na verdade, só o Iggor Cavalera (esse mesmo que você está pensando) fazia questão de assistir às duas bandas (O Spank Rock tinha finalizado seu show há pouco tempo). Azar o dele.
Tá, sem radicalismos. Não vou criticar as preferências do ex-baterista e atual DJ do tal Mix Hell, e também condenar o show do Hot Chip, que não foi de todo o mal. Lá dentro os graves dançantes do grupo britânico estavam funcionando bem até, melhor do que eu esperava. Mas o que realmente valeu foi ver um monte de gente sem o menor pudor (e capacidade) arriscar umas dancinhas aqui e ali. Os movimentos iam desde simples passinhos desinibidos com as mãozinhas para cima até simulações de uma lacraia (não a/o dançarino/a) pós-inseticida. Curioso.
Curioso também foi o fato do Hot Chip ter parado sua apresentação no meio. Ninguém entendeu lhufas na hora – e agora também. Uma ‘pane no sistema de som do palco’ foi o primeiro fato ‘apurado’ (aspas exponenciais, por favor) para justificar os 20 minutos de silêncio, que depois acabou virando, sem muita convicção, ‘uma pausa para separar as duas partes do espetáculo’. Prefiro acreditar na primeira versão, só pra não desejar que um novo recorde de surra-de-pau-mole seja estabelecido e os ingleses comecem a se vangloriar disso.
Gustavo Silva esta oficialmente, a partir de agora, cadastrado nas Olimpíadas Androcêuticas. Por conta disso, ira dividir sua saga no TIM Festival em vários pedaços, buscando a tão desejada medalha de ouro no final do mês.
2 comentários:
Vai Gus!!!!
Conta maaaaais :)
da ora, vê se continuando escrevendo e falando a respeito dos shows mui legais dessas bandinhas supimpas, tipo Hot Shit e cia.
Não faz que nem o bruno, que me parece que desencanou de continuar as outras partes do negócio...
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