Cheguei ao Tim Festival, do dia 28 de outubro, domingo, devia ser umas cinco da tarde. Não peguei fila...Cheguei, e já estavam entrando. Na hora da revista básica, comprovei, mais uma vez, como a minha idéia de colocar um monte de lixo e tralha na mochila pode ser boa: nenhum policial tem saco de ficar me vendo retirar da minha sacola um montante surpreendente de sucata. Aí sempre consigo entrar com a água, as duas barras de cereais e meu punhal...Tá, uma barra de cereal.
Para o próximo evento, prometo que farei algo especial na hora da revista. Ao invés de papeis, garrafas vazias (sim, a idéia funciona, pois no meio disso tudo, mesmo eu parecendo um homem do saco, consigo despistar a atenção dos policiais e entrar com o que eu quiser, sem precisar deixar nada para trás) e outras merdas, apresentarei um magnífico show de ilusionismo. Saca só:
“Senhor, pode abrir a mochila pra eu ver?”
“Claro, claro!”
“Hum...Papel, celular, chaves...”
“Só isso? Posso entrar?”
“pode, pode...”
“calma, calma, bitchô...Veja isso antes que eu entre...”
“Oh! Um coelho!”
“E não é só isso...veja, nada nesta mão, nada nesta outra...e Cazam!”
“Oh! Quantas pombas que saem de sua mochila! Uau!”
É, aí entrei. Pronto...estava no Tim Festival. Esses festivais grandes são legais até, porque atraem gente bem estranha. Fui com uns amigos meus; um deles é estudante de engenharia e a cada minuto virava pra mim e começava a apontar os freaks que desfilavam entre o público.
“Nossa, como pode! Cada figura! Olha, olha, aquele cara tá tão chapado que tá falando com a própria mão! E aquele outro, de cabelo rosa e...e...ah! É um vestido o que ele tá usando???”
E eu:
“I, cara, você esqueceu que eu faço jornalismo?...e na PUC! Você não viu nada ... tsc, tsc, tsc..."
É, ao contrário do meu amigo, não via nada além de um bando de gente que, tentando ser um mais diferente que o outro, formavam uma multidão de usuários de calças jeas justas, tênis converse (ou nike SB) e camisas listradas ou de bandinhas underground do norte da Escandinávia. Sem falar dos alargadores! Putz...Chegou uma hora em que eu simplesmente tirei o meu e guardei. E, para minha surpresa, acho que eu era o cara mais estranho do evento, sem meu alargador...
As bandas gringas que vem tocar aqui sempre têm uma vantagem, que permite a elas conseguirem uns gritinhos e uns aplausos, mesmo quando o som é uma bosta: é só o vocalista gritar: “Sáo Páoloooo...Braziiil!!!”. Só o Spank Rock contablizou 5646487894 “Sáo Paolos” durante sua apresentação. A gente, que tem banda que tá começando, como é que faz? Eu vou chegar no meu show e, vendo que o público não está cantando junto e nem gritando, gritar: “vamu lá, São Paulooo!” Ou vão achar que sou “sãopaulino”, e um monte de corintiano vai vir pra cima de mim, ou então serei vaiado.
Para o próximo evento, prometo que farei algo especial na hora da revista. Ao invés de papeis, garrafas vazias (sim, a idéia funciona, pois no meio disso tudo, mesmo eu parecendo um homem do saco, consigo despistar a atenção dos policiais e entrar com o que eu quiser, sem precisar deixar nada para trás) e outras merdas, apresentarei um magnífico show de ilusionismo. Saca só:
“Senhor, pode abrir a mochila pra eu ver?”
“Claro, claro!”
“Hum...Papel, celular, chaves...”
“Só isso? Posso entrar?”
“pode, pode...”
“calma, calma, bitchô...Veja isso antes que eu entre...”
“Oh! Um coelho!”
“E não é só isso...veja, nada nesta mão, nada nesta outra...e Cazam!”
“Oh! Quantas pombas que saem de sua mochila! Uau!”
É, aí entrei. Pronto...estava no Tim Festival. Esses festivais grandes são legais até, porque atraem gente bem estranha. Fui com uns amigos meus; um deles é estudante de engenharia e a cada minuto virava pra mim e começava a apontar os freaks que desfilavam entre o público.
“Nossa, como pode! Cada figura! Olha, olha, aquele cara tá tão chapado que tá falando com a própria mão! E aquele outro, de cabelo rosa e...e...ah! É um vestido o que ele tá usando???”
E eu:
“I, cara, você esqueceu que eu faço jornalismo?...e na PUC! Você não viu nada ... tsc, tsc, tsc..."
É, ao contrário do meu amigo, não via nada além de um bando de gente que, tentando ser um mais diferente que o outro, formavam uma multidão de usuários de calças jeas justas, tênis converse (ou nike SB) e camisas listradas ou de bandinhas underground do norte da Escandinávia. Sem falar dos alargadores! Putz...Chegou uma hora em que eu simplesmente tirei o meu e guardei. E, para minha surpresa, acho que eu era o cara mais estranho do evento, sem meu alargador...
As bandas gringas que vem tocar aqui sempre têm uma vantagem, que permite a elas conseguirem uns gritinhos e uns aplausos, mesmo quando o som é uma bosta: é só o vocalista gritar: “Sáo Páoloooo...Braziiil!!!”. Só o Spank Rock contablizou 5646487894 “Sáo Paolos” durante sua apresentação. A gente, que tem banda que tá começando, como é que faz? Eu vou chegar no meu show e, vendo que o público não está cantando junto e nem gritando, gritar: “vamu lá, São Paulooo!” Ou vão achar que sou “sãopaulino”, e um monte de corintiano vai vir pra cima de mim, ou então serei vaiado.
Ah, quer saber? Depois continuo o texto. Considere esse como sendo a primeira parte, ok?
bruno (ouvindo Style Council)
6 comentários:
Vai ter continuação, né Bruno? Porque agora você me deixou curiosa pra saber mais.
Gostei bastante do texto. Adorei a mágica na hora da revista! hahaha Idéia genial!
MTO BOM BRUNO! hahahahaha O lance do ilusionismo é o melhor hahahah =P
Estou aguardando o resto hein?!
=*
melhor do que a mágica na hora da revista, só se você falasse "ei, cuidado pra não destravar minha magnum"
curti o texto, tá tipo uma coisa meio gonzo... continua aí, cara!
Jornalismo gonzo, hard news... o ANDROCEU nunca fica pra trás.
belo texto...
Fiquei com inveja.
Vou escrever o Outro Lado do Androceu no TIM Festival ;D
tim! mai! a!
tim! mai! a!
a melhor parte do texto é a presença do cara da música brasileira no início.
tim! mai! a!
tim! mai! a!
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