Sexta-feira, 17:30hs. Uma grande movimentação nos arredores da Rua Funchal, na Vila Olímpia. Diversas pessoas acotovelam-se no ponto ônibus dessa pequena rua, que tem status de avenida.
Do outro lado da calçada o desespero é maior: uma multidão corre em direção à estação de trem, sabendo que ele pode demorar mais de vinte minutos para chegar. E que certamente virá lotado.
Poucas linhas de ônibus públicos passam na região. Fato muito estranho, pela grande concentração de escritórios e o fluxo diário de pessoas. A Vila Olímpia era mais um bairro residencial de São Paulo. A partir de meados dos anos 80, com a saturação do centro financeiro Faria Lima- Juscelino, ela sofreu um verdadeiro boom de crescimento.
E a área com poucas opções de transporte público foi o sucesso dos ônibus fretados, que preencheram esse vácuo. Eles passam a todo instante nas pequenas ruas do bairro, tanto no começo da manhã quanto no final da tarde. Param em locais proibidos e quebram constantemente. Mas tem um argumento importante a seu favor: "mais vale um fretado rodando do que 20 carros atrapalhando".
A Assembleia Legislativa recentemente tentou regular o setor: organizar locais de parada, limitar o número de ônibus por horário. Mas foi em vão: o lobby dos donos de fretados ganhou. E o trânsito de Sâo Paulo deve parar em quatro anos, no máximo.
4 comentários:
Ué, mas o argumento dos fretados não é bom o suficiente?
Talvez até seja...
Mas o governo não pode achar que os fretados vão resolver o caos no trânsito de São Paulo. A única solução é o metrô.
O aerotrêm é a solução!
concordo com o alan. deve-se investir mais no metrô.
malucos como levy fidélix não sabem o que dizem.
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